quarta-feira, 24 de junho de 2009

Justificativas - Fantasias (Willian Tadeu)

Vamos as justificativas de Fantasias:

G.R.E.S.V. Estrela Guia

Ala 1 e casal de mestre-sala e porta-bandeira apresentaram pobreza em concepção e propriedade, não explorando a potencialidade do tema proposto (-0,4). Na ala 6, a concepção foi trabalhada apenas nos elementos apoiados no peito e costas do componente (-0,1). Alas 9 e 14 não apresentaram leituras dos temas propostos específicas para este enredo, sendo difícil associá-las ao teatro e à música brasileiros (-0,4). Ala 11, apesar da boa concepção e originalidade, deixou a desejar no tratamento (-0,1). O desfile apresentou conflitos de estilo (-0,5) e ausência de harmonia na concepção artística (-0,3), prejudicando o efeito (-0,2). Acredito que o enredo extremamente confuso tenha desarmonizado o conjunto artístico da escola, prejudicando o quesito em julgamento. Isto foi perceptível principalmente pelas descrições confusas de todas as alas, sendo necessário ter boa vontade para compreender o significado (-0,3). Destaque positivo para a originalidade e bom gosto das alas 2 a 7 e alas 10 e 13. Valeu a boa iniciativa de apresentar um desenho estilizado para o carro de som! A ala das baianas é primorosa! Se a escola subir, precisa rever muitas coisas caso queira se manter na LIESV. 7,7.

G.R.E.S.V. Bambas Sambario

Não compreendi a idéia da comissão de frente... faltou uma descrição explicando a proposta, afinal não é de fácil identificação (-0,1). Soluções óbvias nas alas 1 e 7 (-0,2), sendo especialmente lamentável na ala 1, que permitia algo criativo que se adequasse mais à estética do restante do desfile. Na ala 6, ocorre o mesmo, não sendo cumprida a promessa de representar o samba (pompons não representam o samba!) (-0,1) Não compreendi a concepção da ala 9 (-0,1). Alas 11 e 12 apresentaram pobreza em concepção (-0,1) e tratamento (-0,2). Que diabos é essa ala 13? (-0,2). Escola abusou dos marrons e cinzas, com alguns momentos de monotonia e apagamento cromático (-0,2). Desfile brilhante e emocionante pela harmonia conceitual. Se a escola subir, precisa rever muitas coisas caso queira se manter na LIESV. 8,8.

G.R.E.S.V. União Faz a Força

Alas 1, 2, 4, 5, 9, 12 e 13 apresentaram pobreza em concepção e propriedade, não explorando a potencialidade do tema proposto (-0,7). Ala 10 com absurda distribuição de volumes (-0,1). Na fantasia mais linda do desfile (ala 11), foi inserida uma caravela na parte inferior totalmente deslocada... não entendi a proposta e como ela se realizaria (-0,1). É uma pena, pois, sem isso, seria uma fantasia extraordinária, a melhor da noite até aqui. A apresentação, no que diz respeito ao quesito Fantasias, não conseguiu mergulhar no universo criativo de Rosa Magalhães, resumindo-se a listar carnavais e outros trabalhos, prejudicando conceito e originalidade (-0,2). Belíssima porta-bandeira 1! Distribuição de cores bem resolvida. Se a escola subir, talvez um desenvolvimento menos pragmático para o enredo colabore para um tratamento mais adequado ao quesito e ajude a agremiação a se manter na LIESV. 8,9.

C.E.S.V. Imperador

A escola apresentou-se com uma unidade estética impressionante, em todos os aspectos sonoros e plásticos. Tal harmonia proporcionou um bom efeito das fantasias. Infelizmente, cabe a observação das seguintes ressalvas: a solução da fusão de elementos na ala 3 é extremamente válida, mas não obteve bom resultado, pois o destaque na fantasia é dado aos brasões portugueses que, por sinal, não se adéquam ao conceito estético da peça (-0,1); soluções confusas e de mau gosto na ala 8 (-0,1); concepção da ala 9 deixou a desejar (-0,1), talvez seja um tema denso demais para apenas uma fantasia; a ala 13 parece mais um desenho do personagem representado do que uma fantasia que o represente, não compreendi a concepção e a realização do figurino (-0,1). Em alguns momentos, houve confusão cromática e excesso de emprego de tons escuros, “carregando” o visual (-0,2). Desfile primoroso: original, criativo e de extremo bom gosto em suas soluções! A comissão de frente foi um barato, bem como diversos outros elementos inerentes a outros quesitos. Certamente, o diferente e ousado enredo foi fundamental para isso. A escola mostrou a importância de todo o desfile seguir uma mesma linha de raciocínio, um mesmo estilo, um mesmo conceito. Belíssima apresentação! Para 2010, sugiro apenas que a escola capriche mais na gravação do samba de enredo. 9,4.

G.R.E.S.V. Camarões dos Pampas

Alas 1, 3, 4 e 5 repetem a distribuição de volumes, gerando monotonia volumétrica, aliada a monotonia cromática (-0,4). O pragmatismo do enredo somente deixou de prejudicar as fantasias a partir da ala 7, quando o figurinista soube contornar a obviedade do tema e a falta de surpresas (-0,2) que o enredo provocou. Entretanto, quando isso ocorreu, houve fuga do tema nas alas 7 e 8 (-0,2). Cores e volumes bem distribuídos, provocando efeito louvável, exceto pelas ressalvas já feitas. Devo ressaltar que o trabalho do carnavalesco foi muito interessante, prejudicado pelo enredo que não lhe deu maiores subsídios para o emprego de sua criatividade. É louvável a maneira como os símbolos dos signos foram estilizados para incorporar-se à estética das alas. Parabéns pelo desfile! 9,2.

G.R.E.S.V. Dragões Lendários

Os mantos de arminho somente se consolidaram como símbolos de realeza no vestuário a partir da ostentação visual de Luis XVI da França (séc. XVIII), não tendo nada a ver com a Grécia Antiga. Portanto, a presença desse elemento na ala de baianas é anacrônica (-0,1). Fantasias ricas em construções simbólicas, de diversidade volumétrica e harmonia de formas e cores. Ressalto apenas que faltou recorte e fio condutor específicos para esse enredo, ao que não cabe qualquer punição neste quesito. Parabéns pelo desfile louvável nos aspectos visuais! 9,9.

G.R.E.S.V. Aliança Suburbana

A escola optou por se alinhar a perspectivas da chamada história oficial e da história econômica, o que realizou com primazia, unificando o discurso dos diversos elementos de desfile. Neste sentido, há uma ressalva para a ala 2, que busca tom humorado que entra em conflito com o restante da apresentação e não tem qualquer elemento que faça alusão direta à relação entre Veneza e o café (-0,1). Alas 1, 3, 5, 8, 11, 12 e 13 apresentaram pobreza em concepção, propriedade, volumetria e originalidade, optando por soluções óbvias, não explorando a potencialidade do tema proposto (-2,1). A tentativa de aplicação de materiais diferentes na confecção dos desenhos (purpurina ou afim) foi muito interessante! As cores foram bem distribuídas em um desfile agradável aos sentidos, porém houve certo abuso de tons claros e/ou que tendem à neutralidade (como cinzas e marrons), deixando o desfile um tanto “apagado” em alguns momentos (-0,3). Se a escola subir, precisa rever o tratamento dado à representação das fantasias caso queira disputar o Grupo de Acesso da LIESV. A criação apresenta momentos interessantes que podem ter sido ofuscados pela dificuldade de identificação das propostas, bem como pela simplicidade das soluções. 7,5.

U.E.S.V. Lira de Ouro

Dez.

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