Com o lançamento do CD Caesv em 2009, a equipe do Interatividade Liesv entrou em ação e convidou 4 ilustres no mundo liesviano para avaliar os sambas. João Pinho (Presidente da Princesa da Zona Norte, Diretor Auxiliar do Caesv e Maior Compositor de 2009), Victor Raphael e Gustavo Martins (ambos da Acadêmicos do Setor 1), além de Thiago Morganti (Presidente da Bandeirantes da Folia). Cada um avaliou os sambas e também o cd em geral, atribuindo uma nota a cada:
CD Caesv
João Pinho: Gostaria de parabenizar as escolas participantes, que apesar de erros ou acertos, chegaram até o final do carnaval do CAESV, mostrando preocupação em relação ao mesmo. Como diretor auxiliar do caesv, tive contato com alguns desses participantes e sei que estes se esforçaram e muito para chegar aonde chegaram. Quanto aos sambas, percebo que praticamente todas as escolas que tem um maior contato com os participantes da LIESV, entrando no chat do Yahoo e tentando conhecer melhor o projeto, apresentaram um bom samba, salvo exceções como verão abaixo. Fora isso, creio que temos uma boa safra de sambas, e para mim o ano de 2009 é o ano que mais temos diferentes estilos nas obras. Nota: 9,1
Victor Raphael: No geral, os sambas do CAESV estão mostrando o esforço da escola em condensar os enredos nas letras, o que nem sempre é a mlehor saida, pois, salvo raras excessões, o samba perde boa parte da versatilidade que poderia ter, pra ficar engessado na sinopse. As gravações carecem de mais cuidado por parte das escolas. Sabemos das dificuldades das agremiações em achar base de bateria ou em ter um microfono de qualidade, e entendemos esse ponto. Mas fica a dica: Quando não há a possibilidade de ter uma bateria adequada, não coloquem o que não está bom, optem por colocar a voz somente. O resultado é bem melhor. Nota - 8,9
Gustavo Martins: Antes de expor qualquer tipo de comentários sobre os sambas de enredo da CAESV/2009, gostaria de deixar claro que não é pessoal com nenhuma das escolas e que, realmente, tenho algumas frescuras pra samba , as vezes, até chato! Não estou preparado para comentar devido ao fato de não ter lido todas as sinopses e não ter acompanhado as eliminatórias, porém, sigo a filosofia que o samba nada mais é que o enredo através de versos e poesia... Se deixou isso claro para mim, já fico feliz! Deixo estas linhas, no intuito de engrandecer o espetáculo deste ano e ajudar com a experiencia de ser o Diretor de Carnaval da atual campeã do grupo, que diga-se, perdeu 0.2 dos seus 0.5 décimos em samba! Logo, eis as opiniões sobre os sambas e espero se não agradar, pelo menos, alertar os deixar uma ajuda as escolas. De resto, deixo os desejos de boa sorte e um belo espetáculo!
Thiago Morganti: No geral o CD do CAESV está em um nivel excelente. Apesar de alguns sambas "caseiros" não estejam com uma qualidade muito boa, as faixas Bônus e os sambas gravados em estúdio deram um toque bem legal no CD. E boa sorte a todas as escolas do CAESV! O processo é doloroso mais muito prazeroso! Nota: 9,5
Aliança Suburbana
João Pinho: O samba é marcado por uma boa variação melódica, desde de sua cabeça em menor, o seu refrão do meio muito melódico, até o final da obra configurado por uma melodia alegre e pra cima. Acho que o tom narrativo dado ao samba, principalmente até o refrão do meio, em que é citado fato por fato, país por país, prejudica um pouco samba, creio que haviam outras formas para se explicitar esses acontecimentos, de modo que não ficasse muito cansativo e ao mesmo tempo não necessariamente subjetivo. Quanto a melodia, não vejo motivos para críticas. Em termos melódicos há duas partes que diferenciam o samba, o refrão do meio, melódico e emocionante, e o final do samba que fecha com muita alegria e irreverência a obra, principalmente no verso: “Você vai dizer que eu sou café com leite”. Nota: 9,5
Victor Raphael: O emaranhado de civilizações e paises da primeira parte da obra dá a entender que o samba mais parece um ala-a-ala. Faltou uma solução melhor para este setor especifico. Já no refrão do meio, o samba tem uma ótima passagem, em letra e melodia. O fato do samba ser exacerbadamente longo também não contribui para o sucesso da composição. Nota – 9,2
Gustavo Martins: Típico do samba que toca, você ouve e nunca mais vai se lembrar... Samba simples! Aliás, até destaco sua simplicidade para qualificá-lo. O compositor, porém, de tão simples esqueceu que temos mais palavras em nosso rico dicionário para complementar uma “poesia-enredo”. Na primeira parte do samba, destaca-se as palavras com o final “...ou” para concluir um verso. Já no refrão, vamos terminar tudo com o “...ar” e, concluindo assim a última parte, vamos focar nossas rimas nas palavras com o final “...al”. Enfim, conta legal a história do enredo, mas, simples e.... fraco!
Thiago Morganti: Dos não gravados em estúdio, é o que mais se destaca. Uma qualidade, muito boa da gravação ajudou para que o samba ficasse mais agradável.
Apesar disso, a letra tem partes de pouca criatividade. Nota: 9,5
Bambas Sambario
João Pinho: Um samba irreverente, sarcástico, que assim como o enredo se mostra extremamente “malandro”. A letra, não é sublime, nem muito poética, mas creio que essa era a intenção, para assim passar também, uma crítica a aspectos sociais, como nos versos: “Afinal, quem será o tal ladrão/ O sambandido ou o poderoso chefão?”. O refrão do meio explicita completamente a intenção do samba. A segunda do samba é longa, entretanto tem uma grande fluidez, que pra mim é quebrada apenas no refrão que antecede o refrão principal, que volta para o estilo que o samba apresenta. Para mim esta “quebra”, é a única critica ao samba. Parabéns a escola. Nota: 9,9
Victor Raphael: Melhor samba do CD, sem duvidas. As frases de efeito das musicas do homenageado estão perfeitamente adequadas ao samba, e a melodia é um convite para ouvi-lo. Fica somente a ressalva para algumas repetições no samba que pareceram exageradas, como no inicio do refrão do meio. Nota – 9,9
Gustavo Martins: Fica claro a maturidade da escola quando você tem um samba que não precisa ler a letra e, sim, apenas ouvir a melodia para saber que alguem malandro vem aí! Logicamente, temos gente “grande” da LIESV na composição, porém, escolha depende da equipe... Que escolha bem feita! Apela para o linguajar popular, para as tiradas que deixam um samba “malandrado”, “popular”, “Bezerra”... Clara tradução de que sambas não precisam ser com palavras belas, versos de impacto, poesia singular... Samba é enredo! E o enredo, é popular! Taca um “Pega eu!” que “Sambario leva...” O melhor do grupo!
Thiago Morganti: Sendo um dos autores do samba, sou suspeito para falar. A gravação fez com que o samba crescesse muito, fazendo assim com que ele se tornasse um dos melhores sambas do CAESV 2009. Nota: 9,9
Camarões dos Pampas
João Pinho: Uma melodia forte em menor e de muita pegada configura o bom samba da Camarões, de excelente gosto poético. O conjunto entre melodia e poesia da cabeça do samba é apresentado de forma linda e harmônica, dando ênfase ao verso: “Cada virtude a semente germinou”. Porém na segunda, creio que poderia haver outras configurações melódicas, tendo em vista que esta parte da obra praticamente é regida por melodias muito semelhantes. Fora isso, as partes mais tocantes do samba são os dois refrões, principalmente o principal, que em menor, é um fragmento do samba muito comotivo. Um ultimo adendo deve ser dado para a palavra “sagrada”, no verso: “Faz cintilar sagrada constelação”, visto que esta, no samba, esta apresentada com a sílaba tônica errada. Note: 9,7
Victor Raphael: O atropelo das frases pra encaixar na melodia, sobretudo no inicio, não deixa o samba com a clareza necessária para ser cantado. Ademais, é uma obra que não conta o enredo, ou dá entendimento acerca dele, o que dá uma certa descaracterizada no gênero samba-enredo. Nota – 9,0
Gustavo Martins: Escola pelo qual disputei um campeonato ano passado e este ano volta com uma estrutura que se formou naquele ano. Uma equipe que já demonstrou sua qualidade e vem com tudo, motivo pelo qual fez-me acompanhar de perto. Porém, tenho que comentar.... Lá vou eu! Quando saiu o enredo, pensei: “vem coisa boa!”. Engano! A sinopse faz-se perder um enredo que poderia ser muito interessante e, diante disso, a qualidade dos sambas não poderia ser algo “espetacular!”. Depois das eliminatórias, porém, vejo um samba mediano onde alguns momentos as palavras se embolam devido a melodia colocada, porém, correto. Um refrão com “versos forçados” mas bastante agradáveis melodicamente e em suas letras. Infelizmente, logo depois, escuto e leio um “...Sublime inspiração matinal, reluz magia.
Thiago Morganti: O samba tem uma letra muito boa. Apesar da gravação não deixar clara a melodia em alguns trechos, o samba é um dos melhores. Na gravação, a bateria deveria vir um pouco mais cadenciada. Nota 9,7
Dragões Lendários
João Pinho: Uma melodia simples e uma letra muito narrativa, são as principais características do samba da Dragões. Creio que com o intuito de citar completamente o tema, a obra é repleta de informações e nomes de deuses gregos (enredo da escola). Porém, esse fato prejudica e muito a obra. Além de ficar cansativo para o ouvinte, o modo com que os feitos dos deuses foram retratados, na primeira do samba, faz parecer que esses feitos não tenham ligação alguma, e estão apenas “jogados” na obra. Ainda na primeira do samba, nos versos “Vitória, Zeus soberano vence a guerra/ No olimpo eternamente a festejar” há uma ambigüidade, a guerra foi no olimpo? Ou ao final da guerra Zeus foi ao olimpo festejar? O refrão do meio parece ser a única parte do samba com uma letra mais bem desenvolvida. A segunda parte da obra, embora continue retratando fato por fato, mostra-nos que há uma ligação entre os acontecimentos narrados. Porém os últimos versos do samba não fazem sentido algum. “A rica cultura da Grécia/ Influencia a sociedade ocidental/ Por isso eu canto aos meus deuses/ Que a vida é um eterno carnaval”, no fragmento encontra-se a conjunção conclusiva “por isso”, agora me pergunto: a cultura grega influenciou a sociedade ocidental, e então, daí conclui-se e canta-se aos deuses que a vida é um eterno carnaval?????? Enfim, fico a procurar a relação da influência grega e o fato da vida ser um eterno carnaval. Nota: 8,1
Victor Raphael: Dificil de julgar. Pois nem ao menos samba parece. A gravação está num ritmo muito semelhante ao Reggae, ou a um Samba-Rock prejudicando o entendimento de todo o samba, ou a canção melhor dizendo A letra é burocrática e não tem falhas grave. E mesmo se tivesse, seria difícil elencar, pois o casamento com a melodia de SAMBA simplesmente não parece existir. Nota – 6,0
Gustavo Martins: Considero este samba como o Obina da CAESV. Li e reli vários comentários sobre ele em um tom irônico, opiniões estas esboçadas através da gravação que não teve o cuidado necessário ao se fazê-la. Assim, motivo de risos e alardes por quem o escuta. O pandeiro, onde faz a “base” da gravação, deixa o samba sem melodia definida, tendo apenas o intérprete, marcado a sua voz junto com as batidas graves em seu pandeiro... Ruim! Qualidades? Sim, vejo. A letra tem seus momentos inteligentes e passa alguns trechos da sinopse. Porém, nada digno de salvá-lo ou “diminuir” o erro em sua melodia e gravação.
Thiago Morganti: A gravação, a “bateria”, e qualidade do samba. Nada deu muito certo. A “bateria” é algo meio estranho. O letra também não é nada agradável. Nota: 8,5
Estrela Guia
João Pinho: A obra apresentada conta explicitamente o enredo, talvez por essa necessidade de contar o tema, peca um pouco em melodia e em letra. A melodia é muito parecida em todas as partes do samba, o método melódico usado é sempre o mesmo. Na primeira parte do samba é difícil saber se a religião da Mãe África é a rebeca encantada e tocada nos bailados do sertão, ou se os versos não apresentam relação entre si. O refrão do meio também não apresenta relações entre os costumes da população, o artesanato brasileiro, e a habilidade indígena, sendo assim, muito difícil reconhecer a dependência entre os fatos contados. Após o refrão do meio nos versos: “Ary barboso compositor varonil/A estrela vai homenagear/A obra antológica aquarela do Brasil”, não se sabe se a homenagem será feita ao compositor ou a obra “Aquarela do Brasil”. Percebe-se na segunda parte do samba uma vontade de contar o enredo rapidamente, o principal exemplo disto é decorrente dos últimos versos do samba: “Representada nas lendas/Em um país que o futebol virou religião”. Ao falar das lendas do país a obra rapidamente caracteriza esse país como sendo o país do futebol, que porém, não tem nenhuma relação com as lendas. Quanto ao refrão principal, embora a rima entre “beleza” e “riqueza” não me agrade, não há nenhum erro muito notável. Nota 8,3
Victor Raphael: A melodia desse samba, intuitivamente, parece boa, pois no CD fica de difícil entendimento. No refrão principal, o ultimo verso é tão reduzido diante da melodia que fora encaixada nele que soou estranhíssimo. Espero também que haja correção no samba da Estrela Guia principalmente para seu interprete, pois sua dicção não é das melhores, E isso, com certeza, pode custar alguns décimos à agremiação. Nota – 8,8
Gustavo Martins: Dela, vem uma grata revelação de intérprete. Gogó bacana em uma Liga que, mantendo o padrão que puxou o samba, conseguirá trilhar um bom caminho. Sobre o samba, alerto para erros gravíssimos e amadores que são erros de português na letra. É “brasil”, “conssigo”, “homenagiar”... Caso tenha sido a letra enviada aos jurados, perderá graves pontos que custará bastante a escola. Prosseguindo num todo, samba relativamente clichê para um enredo clichê mas que funciona num grupo como CAESV.
Thiago Morganti: A letra do samba é boa. A melodia é que deixa um pouco a desejar. Apesar disso, pode ser que dê certo na avenida. Nota: 9,0
Imperador
João Pinho: O samba da Imperador, um bom samba (mas apenas bom), tem um jeito sarcástico que condiz com o enredo proposto. A primeira do samba é regular, descrevendo dois personagens irreverentes um homem “malandro” e uma mulher toda “pomposa”. Pelo samba, não entendi a relação dos versos “Meu deu o atestado que beleza/Liberdade vale ouro/De alegria o crioulo ficou doido” com os fatos que antecedem o verso, entretanto pode ser que pelo enredo haja uma maior explicação. O refrão do meio é quando a irreverência do samba chega ao seu ponto mais elevado. A segunda do samba inicia-se com uma boa melodia, porém cai um pouco com uso extremo de expressões coloquiais como “Deu um show”, “Sambando na net”. O samba para ser feito no estilo do samba da Imperador não necessita do uso dessas palavras, há outros sambas que comprovam isso, até mesmo aqui no CAESV. Nota: 9,0
Victor Raphael: Um samba bem gravado, mas com algumas arestas a serem aparadas: A letra contém muitos dos chamados “lugares comuns”. Além disso, é uma obra que se propõe a ser inusitada, mas o interprete não acompanha o bom humor da letra. Na melodia, ressalva importante para a quebra que há na virada para o refrão principal. Nota – 9,1
Gustavo Martins: Novamente temos a utilização de palavras em repetição sem ter a necessidade em tê-las, bem como, a utilização do samba em primeira pessoa utilizando os pronomes possessivos, ao meu ver, pobreza poética. Curioso o início do samba, onde expõe o fato “dela” vir, ela veio e “molhou o povo...”, após, “lá vou eu” e mostro o “swing”, porém eu ganho (de quem?) um “atestado de pobreza” (???) e daí, o “criolo ficou doido” ... Não entendeu nada, né? Pois bem, o samba começa assim... Melodia tem lapsos de qualidade e alguns repentes bacanas. De resto, gosto da leitura humorada e debochada que o autor quis colocar no samba.
Thiago Morganti: A letra do samba irreverente, deu uma cara para o samba bem agradável. O interprete, apesar de gravar a “capela”, foi muito bem. Um dos sambas que na avenida podem surpreender. Nota: 9,5
Lira de Ouro
João Pinho: O agradável samba da Lira de Ouro combina uma ótima melodia com uma boa letra. A primeira parte do samba é coesa, tendo o seu ponto mais forte a melodia dos versos: “Meu deus que momento tão sublime/ Que sua luz ilumine/ Toda vida deste ser”. Porém, a obra apresenta nos últimos versos antes do refrão do meio, rimas simplórias, “emoção” e “coração”, e um verso já “manjado”, o famoso “Bate forte coração”. O refrão do meio inicia-se com dois lindos versos e apresenta no seu decorrer uma melodia alegre. A mudança do tom maior para o tom menor, na passagem do refrão central para a segunda, é feita de forma perfeita, fazendo com que esse contraste deixe o samba mais bonito melodicamente. Quanto a segunda, a letra e melodia são coesas, não encantam mais não apresentam erros. Deixaria apenas uma observação para forma com que é cantado o verso “Seres alados com harpas”, pois deixa uma impressão que os seres estão alados com harpas, o que não faria sentido algum, na verdade creio que a real a intenção é falar que seres que são aladas estão com harpas. Quanto ao refrão principal, penso que o verso “É Ouro na avenida”, fazendo um trocadilho com o nome da escola, é extremamente descartável, não acrescentando em nada ao samba e a forma com que o enredo é contado. Nota: 9,5
Victor Raphael: O inicio do samba da Lira é totalmente genérico, podia ser encaixado em uma centena de sambas, sobre os mais diversos assuntos. O final, fazendo um paralelo com uma musica importante da nossa MPB também me pareceu deveras forçado. Ponto positivo para a melodia do samba, que tem alguns trechos interessantes. Nota – 9,4
Gustavo Martins: Outra escola que competi ano passado e vi um belíssimo desfile! Escola de gente boa na Liga e outra que acompanhei de perto. Por ter competido ano passado, não posso deixar passar despercebido: eu vi este enredo em 2008! Ok, ok... Muda a leitura, Gustavo, o modo de passar, o enredo... Vai lá, aceito! Mas, o enredo (idéia), sim eu vi! O samba, apela pelas palavras já passadas e clichê, temos o “emoção” rimando com a “paixão”, vindos pro “coração” e, vale alertar, a mesma rima é utilizada duas vezes no samba. De resto, dentro dos sambas mencionados, está acima da média do Grupo. Considero, a também “não-inovadora” utilização de versos consagrados no samba, a parte alta desta poesia que conta o enredo de forma correta.
Thiago Morganti: Surpreendente! Um samba excelente. A gravação e o interprete fez com que o samba crescesse ainda mais. A letra e a melodia se enquadram perfeitamente. Nota: 10
União Faz a Força
João Pinho: A obra da azul e rosa da CAESV, inicia-se com um belo conjunto melódico e poético, nos versos: “Vem cantar/ E conquistar a passarela/ Chegou Rosa menina”. Porém cai um pouco em rimas óbvias como “divinal” e “carnaval” e “imortais” e “jamais”. O refrão do meio, para mim, decresce um pouco o samba, há um grande intervalo entra a primeira do samba e o refrão dito, e ainda entre o primeiro e o segundo verso do refrão. A segunda parte do samba é regular, não encanta, mas também não apresenta grandes erros. Mudaria apenas o verso que diz “Medalha de ouro, o Pan é do Brasil”, o método usado parece apenas querer salientar que há o Pan no enredo, porém não fica explícito que Rosa Magalhães (homenageada no enredo), produziu a abertura do evento. O refrão principal é agradável, embora haja uma semelhança entre “A união vem encantar” e o samba da Viradouro de 2009 “A viradouro pede axé”, para mim é a melhor parte do samba. Nota: 9,0
Victor Raphael: O enredo é muito extenso pra um desfile reduzido como é o CAESV. Fica a expectativa pra como a escola vai conseguir desenvolvê-lo. Na letra do samba, o refrão principal parece destacado do resto da obra, dando a impressão de que falta linearidade, fora a repetição da palavra Carnaval, que prejudica o lirismo textual. Em melodia, é burocrático, sem falhas extenuantes. Nota – 9,2
Gustavo Martins: Não teria porque eu avaliar os sambas do grupo apelando para a comparação com quem já faz Carnaval Virtual a algum tempo, logo, considero este samba mediano-ruim. Há excessivos pronomes possessivos na letra. Tudo nele é “meu”, “seu”, “teu”, “sua”. Rimas dentro da normalidade que saturado está. Não há uma linha de raciocinio cronologica e didática em expor o enredo sobre Rosa Magalhães. Mistura várias vezes, vida pessoal com o carnaval, títulos com carnavais históricos... Enfim, não é um enredo vasto para a criação, porém, possivelmente apropriado para um bom samba. Infelizmente, não ocorreu.
Thiago Morganti: A gravação no estúdio, fez com que o samba cresceu. A letra é boa, só deixa a desejar na criatividade. Com uma boa gravação é um samba que pode crescer mais ainda. Nota: 9,2
Agradecemos ao julgadores pela disponibilidade e lembramos que essa avaliação não tem nenhuma ligação com o desfile!
Aguardem mais novidades ao longo da semana Pré-Caesv!
Abraços!
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